domingo, 13 de março de 2011

O sujeito epistêmico de Piaget

Para explicar como todos podem aprender e o desenvolvimento da inteligência, Jean Piaget reuniu saberes da Biologia, da Psicologia e da Filosofia no conceito do sujeito epistêmico

Mesmo sem ser pedagogo, o cientista suíço Jean Piaget (1896-1980) foi um dos pensadores mais influentes da Educação. Sua atualidade e repercussão na sala de aula devem-se, principalmente, ao incessante trabalho em compreender como se desenvolve a inteligência humana. Entre estudos e pesquisas, que renderam mais de 20 mil páginas, um conceito perpassa toda a sua obra: a ideia do sujeito epistêmico. Segundo Piaget, esse "sujeito" expressa aspectos presentes em todas as pessoas. Suas características conferem a todos nós a possibilidade de construir conhecimento, desde o aprendizado das primeiras letras na alfabetização até a estruturação das mais sofisticadas teorias científicas.

Que características tão especiais são essas? "Basicamente, a capacidade mental de construir relações", explica Zélia Ramozzi-Chiarottino, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Essa habilidade permite o desenvolvimento de uma gama de operações essenciais para a aquisição do saber: observar, classificar, organizar, explicar, provar, abstrair, reconstruir, fazer conexões, antecipar e concluir - ações que, de fato, todos temos o potencial de realizar. Um esquimó, por exemplo, é capaz de diferenciar a paisagem fria e se localizar no gelo assim como um índio brasileiro sabe caminhar pela Floresta Amazônica sem se perder. Em ambos os casos, o modo de classificar (no caso, mapear) e reconhecer o espaço geográfico é o mesmo. O que muda é a coisa classificada, que varia de acordo com o meio.

O conceito de sujeito epistêmico (leia um resumo no quadro abaixo) começou a tomar forma quando Piaget iniciou seus estudos sobre o processo de construção de conhecimentos de Matemática e Física na criança pequena. "Ele é considerado o inaugurador da epistemologia genética, teoria que investiga a gênese do conhecimento, tema que estava ausente das pesquisas até o fim do século 19", diz Lino de Macedo, também do Instituto de Psicologia da USP. Até então, as formulações sobre o desenvolvimento da inteligência eram uma exclusividade dos filósofos. As ideias de um deles, o alemão Immanuel Kant (1724-1804), tiveram grande impacto na obra de Piaget. Kant foi um dos primeiros a sugerir que o conhecimento vem da interação do sujeito com o meio - uma alternativa ao inatismo, que considerava o saber como algo congênito, e ao empirismo, que encarava o saber como um elemento externo que só podia ser adquirido pela experiência (leia mais no quadro).

Ao retrabalhar as proposições de Kant, Piaget concordou com a ideia da interação sujeito/meio - mas foi além, afirmando que o desenvolvimento das estruturas mentais se inicia no nascimento, quando o indivíduo começa o processo de troca com o universo ao seu redor. Ele também destacou a necessidade de uma postura ativa para aprender. Imagine, por exemplo, uma pessoa que more a vida inteira numa montanha. Ela pode nunca saber que existem terras baixas, planícies e vales de rio. Por outro lado, se decidir fazer uma viagem morro abaixo, vai conhecer a paisagem de seu entorno e, por meio das relações (comparação e classificação, por exemplo), vai entender que a montanha é um elemento natural diferente dos demais. "Para que o processo de estruturação cognitiva ocorra, é fundamental a ação do sujeito sobre o meio em que vive. Sem isso, não há conhecimento", completa Zélia (leia mais no quadro da página seguinte).


Gostou? Para ler Mais acesse: Revista NOVA ESCOLA

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cantina dos Sonhos
Hora do almoço estava na agenda, quando os representantes das escolas participantes nas Escolas Europeias do Slow Food para o projeto Alimentação Saudável reuniram-se na Itália em Julho, pela primeira vez desde seu lançamento. Professores, diretores, alunos e líderes conviviam, unidos através de seus objetivos de melhorar as suas cantinas escolares, se reuniram para encontrar soluções criativas para alguns dos problemas comuns em torno do fornecimento de alimentos sazonais, nutritivos e agradáveis para as crianças da escola.

Doze escolas de dez países europeus - Bélgica, Bulgária, França, Irlanda, Itália, Letónia, Irlanda, Polónia, Espanha e Roménia -, até agora, aderiram ao projeto com financiamento europeu, cada uma trabalhando em vários aspectos da melhoria do seu serviço de cantina: revendo propostas, o encurtamento da cadeia alimentar para usar mais fresca, produtos alimentares sazonais locais, abordando a gestão de resíduos e promoção da alimentação saudável, bem como integrar a educação alimentar e sabor em suas salas de aula.

"O projeto é importante para mostrar que uma forma diferente é possível - uma maneira diferente de fornecer o alimento para nossas crianças, de executar as nossas cidades e vilas ea gestão da nossa paisagem valioso", disse Annette Caule, representante da École Jules Ferry School, Millau, França . "Também é importante ajudar as crianças a fazer escolhas mais informadas sobre o que comem. Através de expô-los à diversidade - de gosto, cultura, etc, podem fazer melhores escolhas ".



Se você gostou desta matéria continue lendo em

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O que é bullying?

Atos agressivos físicos ou verbais só são evitados com a união de diretores, professores, alunos e famílias

Bullying é uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo "ameaçar, intimidar". A versão digital desse tipo de comportamento é chamada de cyberbullying, quando as ameaças são propagadas pelo meio virtual.
Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas. E todo ambiente escolar pode apresentar esse problema. "A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência", diz o médico pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), que estuda o problema há nove anos.
Segundo o médico, o papel da escola começa em admitir que é um local passível de bullying, informar professores e alunos sobre o que é e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática - prevenir é o melhor remédio. O papel dos professores também é fundamental. Eles podem identificar os atores do bullying - agressores e vítimas. "O agressor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar onde tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz isso no ambiente escolar", explica o especialista. Já a vítima costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola quanto no lar. "Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir", afirma Lauro. Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno reage, a tendência é que a provocação cesse.
Claro que não se pode banir as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. "Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?", orienta o médico. Ao perceber o bullying, o professor deve corrigir o aluno. E em casos de violência física, a escola deve tomar as medidas devidas, sempre envolvendo os pais.
O médico pediatra lembra que só a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um agressor. "A tendência é que ele seja assim por toda a vida a menos que seja tratado", diz. Uma das peças fundamentais é que este jovem tenha exemplos a seguir de pessoas que não resolvam as situações com violência - e quem melhor que o professor para isso? No entanto, o mestre não pode tomar toda a responsabilidade para si. "Bullying só se resolve com o envolvimento de toda a escola - direção, docentes e alunos - e a família", afirma o pediatra.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aprenda a fazer um AQUECEDOR de ÁGUA SOLAR !!! Super fácil e prático !


Ecoprático - Episódio 12 - Parte 2 from Ecoprático on Vimeo.
ASBC: Sigla de Aquecedor Solar de Baixo Custo,
projeto gratuito de um aquecedor solar de água, de 200 a 1.000 litros, destinado a substituir parcialmente a energia elétrica consumida por 36.000.000 de famílias brasileiras usuárias do chuveiro elétrico, em casas e apartamentos.
Este projeto está sendo desenvolvido, desde janeiro de 1999, pela ONG Sociedade do Sol, sigla SoSol, sediada no CIETEC - Centro Incubador de Empresas Tecnológicas, no Campus da USP/IPEN.
O projeto contou em sua fase inicial com o apoio da FAPESP, MCT, CNPq E FINEP.
Aos interessados no Aquecedor Solar de Baixo Custo (ASBC), sugerimos a leitura da Introdução à forma de disseminação da tecnologia do ASBC antes de dar início em suas pesquisas pelo site.
http://www.sociedadedosol.org.br/

quinta-feira, 28 de outubro de 2010



Educação Ambiental
Descrição:Educação Ambiental - Conhecimento e Ação para a Sustentabilidade: O curso tem como objetivo apresentar e discutir as diversas teorias para a construção do campo da Educação Ambiental e analisar propostas, projetos, experiências, bem como práticas educativas que tematizem a relação entre educação, sustentabilidade, meio ambiente e cidadania.

Público-alvo: educadores do ensino formal e não formal, profissionais da iniciativa privada e de organizações não governamentais, universitários interessados em atuar no campo da Educação Ambiental.

Carga horária: 21 horas - 7 encontros de 3 horas às 2ª e 4ª feiras das 19 às 22h

Inscrições até 28/10/2010 – mínimo 20 e máximo 25 inscritos
Datas do curso: 03, 08, 10, 17, 22, 24 e 29 de Novembro.


Caso não haja número mínimo de inscritos, as inscrições serão prorrogadas até 12/11/2010


Datas do curso: 17, 22, 24, 29 de novembro, 01,06,08 de Dezembro.

Mais informações: agenda@sosma.org.br ou telefone 11-3055-7888 - 3055-7894.












domingo, 24 de outubro de 2010

Semana da Educação 2010

Tive a oportunidade de participar do segundo dia, onde foi focado nas didáticas da leitura e escrita, e contou com duas convidadas internacionais. A primeira é a francesa Anne-Marie Chartier, renomada estudiosa dos processos de escrita e leitura. O que ela fez muito bem ao ler um texto de sua autoria traduzido para a Língua Portuguesa (ela leu em português), um texto no qual durante 1h30, falava sobre as diferenças no ensino no Brasil e na França. Muito cansativo.

Em seguida, a palavra é da argentina Ana Siro, coordenadora de projetos de leitura no governo da cidade de Buenos Aires. Seu assunto é a produção de textos: ela analisou como alunos de 9 a 11 anos atuam em uma importante etapa do percurso de autoria, a escrita de narrativas com mudança de ponto de vista (por exemplo, a história de Chapeuzinho Vermelho contada pelo Lobo). Uma palestra mais bem elaborada com apresentações dos textos em Power Point.
A convidada muito simpática e com um ponto de vista muito interessante, soube transmitir melhor e de uma maneira menos cansativa. Foi uma palestra nota 10! Adorei ! Parabéns Ana Siro.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Bienal 2010 - São Paulo

Tumulto, muita gente todos os dias da exposição.
Fiquei muito feliz, pois percebi que o povo brasileiro está se interessando mais pela leitura.







Mauricio de Souza autografando.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Exposição "Epidemik" (SP)

Exposição "Epidemik" (SP)

Quando: sex, 2 de julho, 09:00 – dom, 26 de setembro, 15:30

Onde: Estação Ciência, Rua Guaicurus, 1394, Lapa - São Paulo / SP (mapa)

Descrição: Com um videogame coletivo gigante, crianças e adolescentes aprendem como devem agir no enfrentamento de diferentes epidemias. O jogo, desenvolvido na França, pode ser jogado por até 40 pessoas simultaneamente. Valor: Grátis (para professores) e R$ 4 (inteira) Informações: (11)-3672-5364 / 3675-6889, secretaria@eciencia.usp.br ou www.eciencia.usp.br

Exposição "Escavando o Passado - Arqueologia na Cidade de São Paulo"

Exposição "Escavando o Passado - Arqueologia na Cidade de São Paulo"

Quando: qua, 25 de agosto, 09:00 – seg, 25 de outubro, 17:00

Onde: Rua Santo Anselmo, 102, Jardim São Bento - São paulo / SP (mapa)

Descrição: Índios, aldeias, caminhos e modos de vida são identificados por meio de imagens e objetos expostos no local que, futuramente, sediará o Centro de Arqueologia de São Paulo. Quanto: Grátis Informações: programacaosmc@prefeitura.sp.gov.br ou http://www.museudacidade.sp.gov.br/sitiomorrinhos.php

Curso "Transtornos que prejudicam a aprendizagem"

"Transtornos que prejudicam a aprendizagem"

Quando: sáb, 2 de outubro, 09:00 – 17:00

Onde: Rua Pires da Mota, 614, Aclimação - São paulo / SP (mapa)

Descrição: Neste curso serão abordados os seguintes transtornos: dislexia (dificuldade de leitura), disortografia (erros ortográficos), disgrafia (escrita “feia”) e discalculia (dificuldades em matemática), compreendendo suas causas para só então criar estratégias adequadas.

Semana da Educação 2010

Os maiores e mais respeitados especialistas da Educação reunidos para reflexão e incentivo pela melhoria da educação no Brasil. As discussões com especialistas, educadores e demais responsáveis pelo processo educacional girarão em torno de temas como leitura, escrita, o ensino de matemática e gestão escolar.

O evento é uma realização da Fundação Victor Civita em parceria com o apoio institucional do Sesc Vila Mariana e tem como patrocínio Editora Saraiva, Editora Ática e Editora Scipione

Data: de 19 a 21 de outubro de 2010
Horário: das 9 às 18 horas
Local: SESCSP Vila Mariana

Rua Pelotas, 141 - São Paulo, SP

Semana da Educação 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Centro de Altos Estudos da Consciênciologia

Conscienciologia: A Ciência da Consciência
A Conscienciologia é o termo que foi proposto publicamente em 1981 pelo médico e pesquisador brasileiro Waldo Vieira para definir a nova ciência dedicada ao estudo da consciência, que, dentre outros termos, é aquilo o que se denomina por ego, alma, espírito, essência, eu, individualidade, personalidade, pessoa, self, ser ou sujeito.

Para Vieira, a Conscienciologia parte do princípio de que a manifestação da consciência vai além do cérebro físico e que é independente do corpo humano. Portanto, a Conscienciologia propõe o estudo da consciência através de uma abordagem integral, considerando o holossoma, a multidimensionalidade, as bioenergias e a possibilidade da consciência se projetar para fora do corpo humano de maneira autoconsciente.

O holossoma é o conjunto dos quatro veículos de manifestação (corpos) usados pela consciência para se manifestar: o soma (corpo físico), o energossoma (corpo energético, duplo etérico, corpo bioplásmico), o psicossoma (corpo astral) e o mentalsoma (corpo mental).

O corpo físico seria extinto com a morte física, após a qual a consciência se manifestaria exclusivamente em dimensões extrafísicas empregando seus demais corpos até que, por forças naturais ou não, ela volte a constituir um novo corpo físico (reencarnação). A consciência teria, portanto, um aspecto multiexistencial.

A natureza multidimensional da consciência, fica evidenciada durante o fenômeno da experiência fora do corpo (projeção da consciência) quando ela pode se manifestar de forma lúcida em outras dimensões de espaço-tempo além da dimensão física que conhecemos, empregando os corpos não físicos que constituem o seu holossoma.

Além de estar sujeita as forças básicas da natureza, a consciência também interage por meio de bioenergias (energia vital, prana, orgonio, chi) com outras consciências, com outros seres vivos, com o ambiente. Por meio das bioenergias a consciência interfere e sofre interferências do meio.

A consciência seria intimamente regida por uma ética maior que permeia todo o universo, denominada cosmoética. A cosmoética não se limitaria aos conceitos de "certo" e "errado". Ela é orientada pela evolução da consciência, em qualquer dimensão de manifestação. Assim, não se pergunta se uma idéia ou ação é certa, mas se é a favor da evolução das consciências.

Segundo Vieira, o estudo da Conscienciologia com base nesses pressupostos constitui um paradigma consciencial, um novo modelo de idéias, distinto, portanto, do paradigma adotado pelas ciências tradicionais. Ainda segundo o autor, o escopo da Conscienciologia é o estudo da consciência do vírus (a forma mais simples de consciência) ao Serenão, a consciência mais evoluída existente em nosso planeta.