sábado, 29 de setembro de 2007

Editoras esperam uma 'explosão' de vendas na Bienal
Expositores queixam-se da falta de público na feira e já planejam promoções para o fim de semana- Roberta Pennafort, do Estadão

RIO - Aconteceu assim na famosa Bienal - As editoras na Bienal do Livro do Rio, que termina domingo, estão contando com uma explosão nas vendas no fim de semana. No primeiro, o resultado foi, em média, pior do que o registrado na última edição. Quando se contabilizam todos os dias de feira, no entanto, as grandes empresas calculam que os resultados de 2007 estejam superiores aos de 2005: a Rocco experimenta aumento de 20%; a Objetiva e a Nova Fronteira, de 10%. Mas há vendedor reclamando de falta de público.
O resultado consolidado só sairá depois do domingo, quando acaba a bienal. No entanto, a avaliação da Record - o maior grupo editorial do País - já é bem positiva. "No primeiro sábado, vendemos pouco menos que no primeiro sábado de 2005. Percebemos que os livros estavam mais caros no nosso estande do que no da (livraria) Saraiva. Então, no domingo, começamos a dar descontos de 15% na compra do segundo livro, e de 20% no terceiro. Aí o faturamento foi muito superior ao de 2005", contou a diretora editorial, Luciana Villas-Boas.
Para o fim de semana, ela promete novidades: "Estávamos marcando bobeira; é capaz de inventarmos mais promoções. O brasileiro é muito sensível a desconto." Segundo Luciana, os mais vendidos têm sido os títulos do selo Galera, destinado ao público jovem, seguido por A Cabeça do Brasileiro, organizado por Alberto Carlos Almeida.
Paulo Rocco, dono da editora que leva seu nome e presidente do Sindicato Nacional dos Editores, "não ouviu ninguém falar nada sobre vendas ruins". E ressaltou que o mais importante não é vender livro, e sim a festa literária. "Nossa vocação não é vender livro, é a educação, a cultura. Se fosse só vender, bastava armar uma barraquinha na rua."

Vejam só, estávamos falando desse assunto em nossa aula, será que o brasileiro gosta de desconto mesmo , ou será que os livros continuam caros, e se eles dão desconto na feira, porque já não repassar esse valor menor ao publico? As oportunidades estão boas mesmo ou enganam a olhos nus? E se a vocação, como diz o Sr. Rocco, é a educação, a cultura, porque o livro sai tão caro? Será porque o Brasil é um país de afortunados? De pessoas com poder financeiro? Educação de quem? De crianças? Acho que a maioria que compra livros são estudantes, sim, mas de cursos superiores, já com algum poder aquisitivo.
Será que estão preferindo um futuro próximo em que seria melhor comprar um livro em uma barraquinha de camelot, (assim como já se encontram CDs e afins)onde os vendedores diriam mais ou menos assim: "Três por R$10,00, quem vai querer?" Realmete, se o prazer da leitura não for incutido nas crianças, como discutido em aula, essa realidade que a Bienal mostra se tornará cada vez pior, estaremos perderemos o controle do país para a minoria capitalista? - Ciclo Vicioso

Nenhum comentário: