segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Kung-Fu-Tzu

Praça da Paz Celestial, Pequim. O mundo inteiro assiste a cenas de horror. Soldados disparam contra manifestantes. Tanques esmagam corpos. Policiais ateiam fogo na multidão. Estamos em 4 de junho de 1989. Aos olhos do Ocidente, cenas de pura barbárie. Até o momento em que um jovem, sozinho, detém-se ante uma coluna de tanques. Pela lógica ocidental, o que viria a seguir jamais seria exibido em horário nobre na TV. Mas o que acontece surpreende o mundo. Frente ao homem desarmado, os tanques param e recuam. Por que soldados chineses são capazes de atacar sem dó uma multidão, mas cedem diante de um único indivíduo? A resposta pode estar no pensamento moldado por um homem há mais de 20 séculos e que até hoje mantém profundas raízes na cultura oriental: o confucionismo.

Kung-Fu-Tzu (Confúcio é a latinização desse nome, que significa "Venerável Mestre Kung")

Confúcio (551-479 a.C.), filósofo e educador chinês.



A essência que permeia todo o pensamento de Confúcio é o ren, que pode ser traduzido como "benevolência" ou "humanismo". Aos discípulos que lhe perguntaram o que era o ren, o mestre teria respondido: "A principal virtude está em amar os homens". Para que não se pense que Confúcio está plagiando outro famoso pensador, lembre-se que ele proferiu essa frase 400 anos antes do nascimento de Cristo.


Confúcio era um sujeito brilhante. Mesmo assim passou a vida inteira procurando emprego e morreu sentindo-se um fracassado.